VIDA
(LIFE, USA, 2017) – Espécie de mistura de GRAVIDADE com ALIEN, VIDA
traz uma tripulação de uma estação espacial que cede ao fascínio de sua
descoberta estupenda: uma célula solitária marciana que sobreviveu a um resgate
de uma sonda que trazia amostras colhidas no planeta vermelho. Mas o filme do
diretor sueco Daniel Espinosa tem um roteiro ruim, que leva os personagens a
tomarem decisões improváveis para uma equipe cuja missão é explorar o espaço
dentro de parâmetros de segurança aceitáveis. PROMETEUS e ALIEN - CONVENANCE
têm, aqui, um competidor à altura, em termos de precariedade de roteiro. Os
diálogos, repletos de clichês, chegam a ser constrangedores de tão pedestres.
Além disso, as cenas, não raro, insultam qualquer inteligência mediana. Por
exemplo: pegar no espaço uma sonda desgovernada, vindo em sua direção, com um braço
mecânico, como se fosse uma bola de beisebol, sem qualquer alteração
geoestacionária da estação, pelo menos, parece um pouco improvável. Ou seja, em
cinco minutos, a ciência é jogada, inapelavelmente, pela primeira escotilha
disponível. Isso sem falar num “alien” chamado Calvin ( ! )... acho
que vou correndo rever PERDIDO EM MARTE e INTERESTELAR.