KINGSMAN: O CÍRCULO DOURADO
(USA/UK, 2017) – O primeiro
filme apostava na violência exageradamente simbólica (como em KIL BILL) e era deliciosamente
debochado, oxigenando um gênero de ação que, em outras produções, apresentava algumas
fissuras na originalidade. Colin Firth estava à vontade, à frente dos Kingsmen,
agentes secretos que usam como fachada uma alfaiataria na Savile Row e adotam codinomes
inspirados nas lendas da Távola Redonda. Nesta continuação, tudo vai por água abaixo.
Quando passamos a prestar atenção nos “cameos” de atores famosos que aparecem só
para uma pontinha, como é o caso aqui, é sinal de que algo vai mal. Situações de
mal gosto (hambúrgueres feitos de carne humana???), um cantor pop de fama mundial
se limitando a xingar cada vez que aparece em cena (Elton John precisava disso?),
CGIs aquém do esperado e tentativas fracassadas de humor inteligente num roteiro
confuso, disperso e incapaz de explorar os saudáveis absurdos do universo dos tradicionais
agentes secretos britânicos. Tudo muito ruim.