Mauricio Pinheiro |
1 O LIVRO DE ELI (THE BOOK OF ELI, USA, 2010) – Denzel
Washington é obrigatório. Neste filme, ainda mais. Com um clima distópico turbinado
com uma belíssima fotografia esmaecida, Eli (DW) vai atravessando uma vastidão
desértica, depois que uma hecatombe atômica dizimou quase toda a civilização. Restaram
algumas boas pessoas e a grande maioria do que há de mais sórdido na raça
humana. À parte qualquer hermenêutica apressada em relação à religião ou outra
abordagem metafísica, é uma história sobre a importância dos livros na vida das
pessoas, e é exatamente por isso que o filme é profundamente belo. Especialmente
agora, num período de trevas, desgovernados por um genocida, além do medo real
da pandemia que se espalha pelo mundo, um filme como THE BOOK OF ELI é tão obrigatório
quanto o seu protagonista. E Mila Kunis prova que ainda pode haver esperança
para quem sabe ver. HBO. Denzel Washington is obligatory. In this movie, more than never. The dystopian
atmosphere is boosted with a spectacular faded photography, and Eli (DW)
crosses the desert vastness after humankind was destroyed by an atomic
hecatomb. What is left is only some good people and the scum of the mankind. Apart
any rush hermeneutics about religion or any other metaphysics approach, it is a
story about the importance of books in people’s lives, and that is why the
movie is so beautiful. Especially now, in this dark ages, ungoverned by a genocidal
president, besides the actual fear for the pandemics that is spread throughout the
world, THE BOOK OF ELI is as obligatory as its protagonist. Moreover, Mila
Kunis proves that there might be hope for those who can really see. HBO.